É o rabisco efetuado pelo simples prazer do gesto. É essencialmente motor. Aparece com a aprendizagem do andar e do sentido de equilíbrio. Divide-se em:
1. Garatuja Desordenada: consiste em traços sem sentidos, com grandes movimentos. Não tem controle muscular e os rabiscos não se limitam à folha de papel.
2. Garatuja Controlada: notando que seu gesto produz um traço, repete-o, agora pelo prazer do efeito. Descobre a relação de casualidade que liga a ação de rabiscar e a persistência do traço. Já possui coordenação visual e motora, mas os desenhos não se distinguem da fase anterior. Já aparecem formas isoladas.
3. Garatujas com nome: muda o pensamento da criança. Ela não se satisfaz mais apenas com os movimentos. Começa a manifestar a vontade de imitar o adulto. Quer escrever e se comunicar com alguém. É nesta época que o desenvolvimento neuromotor sofre as maiores e mais rápidas mudanças e toda a etapa posterior é apoiada nos controles até aqui adquiridos. Na fase da garatuja a aprovação do adulto tem maior importância do que o trabalho em si.
Atividades: desenho com giz, caco de tijolo, lápis preto e de cera, colagem com jornal, papel colorido, modelagem com barro.
Fase pré-esquematica ou simbólica (4 a 7 anos)Surge o “homem-girino”, origem de toda a figura e profundamente egocêntrico. Surge a aptidão para traçar linhas retas e quadrados. Linhas verticais predominam sobre horizontais. O olho, que no começo segue a mão, passa a guiá-la. O tamanho dos objetos se relaciona com os juízos de valor. É a criança na fase pré-escolar. Período de atenção é de 5 a 10 minutos. A criança representa o essencial das coisas e aquilo que é importante para ela. Para a criança desta idade o cérebro está localizado na boca.(Piaget, appud Lowenfeld, 1977)
Atividades: desenho com giz, carvão, lápis preto e de cera, colagem com jornal, papel colorido ou materiais da natureza, pintura com guache (com pincel ou dedo), modelagem com barro.
Etapa esquemática – realismo lógico (7 a9 anos)A criança esta nas primeiras séries do ensino fundamental. Descobre que é membro da sociedade e gosta de ter responsabilidade. Desenha não aquilo que vê do objeto, mas aquilo que sabe. Algumas das características que surgem com maior freqüência nesta fase são;
• Rebatimento (plano deitado e casas deitadas de cada lado da rua)
• Transparência (casa representada de dentro e de fora ao mesmo tempo)
• Descontinuidade (representação dos objetos fora de ordem)
• Sincretismo de tempo e espaço (vários tempos em uma cena ou vários espaços em um mesmo plano)
• Automatismo (persistência em esquemas representativos)
• Pormenores funcionais (exagero nas minúcias)
A criança nesta fase tem boa memória e seu período de atenção é de 5 a 10 minutos. Ela sabe que existe relação objeto/cor e cria esquemas individualizados.
Atividades: desenho espontâneo com carvão, lápis preto e de cera, colagem com jornal, papel colorido ou materiais da natureza, pintura com guache (com pincel ou dedo), modelagem com argila, confecção de fantoches.
Etapa do realismo visual (9 a12 anos)
Representa a realidade visual, usa as cores conforme a natureza. Desenvolve a noção de superfície e autocrítica. Entre os 9 e 12 anos a criança descobre que é um membro da sociedade e que tarefas realizadas em conjunto se revestem de maior significado. Por isso, os aspectos sociais (planejamento urbano, ajuda aos flagelados e etc) são os que mais atraem as crianças nesta idade.
As cores são naturalistas; já existe a linha do céu e da terra. Há interesse nos pormenores, o período da atenção varia entre 10 a 20 minutos.
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